ISTO REALMENTE É UM ABSURDO
Adaptado de Folha de São Paulo. Fonte Blog do Professor Cleiber
Em sete anos Brasil perdeu 40 bilhões com o desvio de dinheiro público
Uma média de R$ 6 bilhões por ano
Pelo menos o valor equivalente à economia da Bolívia foi desviado
dos cofres do governo federal em sete anos, de 2002 a 2008.
Cálculo feito a partir de informações de órgãos públicos de
controle mostra que R$ 40 bilhões foram perdidos com a
corrupção no período – média de R$ 6 bilhões por ano,
dinheiro que deixou de ser aplicado na provisão de serviços
públicos. Com esse volume de recursos seria possível
elevar em 23% o número de famílias beneficiadas pelo
Bolsa Família – hoje quase 13 milhões. Ou ainda reduzir
à metade o número de casas sem saneamento – no
total, cerca de 25 milhões de moradias.
O montante apurado faz com que escândalos políticos de
grande repercussão pareçam pequenos. Na Operação
Voucher, que no mês passado derrubou parte da cúpula
do Ministério do Turismo, por exemplo, a Polícia Federa
l estimou o prejuízo em R$ 3 milhões. Apesar de elevada,
a quantia perdida anualmente está subestimada, pois não
considera desvios em Estados e municípios, que possuem
orçamentos próprios.
A estimativa, feita pelo economista da Fundação Getulio
Vargas Marcos Fernandes da Silva, contabiliza apenas os
desvios com recursos federais, incluindo os recursos
repassados às unidades da federação. Durante seis meses,
o economista reuniu dados de investigações de CGU
(Controladoria-Geral da União), Polícia Federal e TCU
(Tribunal de Contas da União). São resultados de
inspeções em gastos e repasses federais para manter
serviços de saúde, educação e segurança pública, por
exemplo. Os dados servem de base para inquéritos
policiais e ações penais, além da cobrança judicial do
dinheiro público desviado.
O custo da corrupção
Se colocados na ponta do lápis, os escândalos
que habitam o noticiário político representam muito
pouco do que o país perde cotidianamente para a
corrupção. Na última década, estima-se que ao menos
R$ 6 bilhões desapareceram por ano no caminho
que leva os recursos federais de Brasília para os
municípios, onde deveriam resultar em ações sociais
e de infraestrutura
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